Da História de Portugal
Egas Moniz, o Aio (1080 - 1146) (1)
Egas Moniz
Aio de Afonso Henriques
por ele deu sua palavra
com verdade e emoção!
Como o rei não a cumpriu
decidiu, com a família,
ir resgatá-la a Leão!
Eis aqui Egas Moniz
que honrou o seu país
num feito impar, sem igual.
Um homem sem paralelo
que legou exemplo belo
às gentes de Portugal!
Celso Sacavém celsosacavem.blogs.sapo.pt @celso.pereira.525
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Camões no Canto III dos Lusíadas relata a vida de Egas Moniz (2)
(1) - Egas Moniz, o Aio (1080 - 1146)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Egas_Moniz,_o_Aio
O cavaleiro Egas Moniz apresenta-se ao rei de Leão com a sua família - Painel de Azulejo na Estação de São Bento.
Sobre Egas Moniz
Egas Moniz de Riba Douro, dito «o Aio» foi um rico-homem portucalense, da linhagem dos Riba Douro, uma das cinco grandes famílias do Entre-Douro-e-Minho condal do século XII, a quem Henrique de Borgonha, conde de Portucale confiou a educação do filho, Afonso Henriques, tarefa essa que lhe deu o cognome pelo qual é conhecido.
História e lenda
O Condado Portucalense era nominalmente dependente de Leão e Castela, então regidos pela Rainha D. Urraca. Por morte desta em 1127, sucede-lhe no trono Afonso VII, o qual adopta o título de imperador de toda a Hispânia, procurando a vassalagem dos demais reinos, incluindo entre eles também o Condado Portucalense, que há muito demonstrava tendências autonomistas. Em 1128, Afonso Henriques, então com vinte anos, foi feito chefe dos Barões, que temiam a influência galega sobre Portucale e, forçado a batalhar contra as forças de sua mãe, Teresa de Leão, vence-as nos campos de São Mamede e assume a liderança política do condado, desejando lutar pela independência do Condado e alargar as fronteiras.
Pouco depois, Afonso VII vai por cerco a Guimarães, então sede política do condado, e exige um juramento de vassalagem a seu primo Afonso Henriques; Egas Moniz dirigiu-se ao imperador, comunicando-lhe que o primo aceitava a submissão.
Contudo, depois de deslocar a sua capital para Coimbra (1131), Afonso Henriques sente-se com força para destruir os laços que o ligavam a Afonso VII; faz-lhe guerra e invade a Galiza, travando-se a batalha de Cerneja (1137), da qual saem vitoriosos os portucalenses. Como Afonso Henriques não cumpriu o acordado por seu Aio, Egas Moniz, segundo reza a lenda, ao saber do sucedido, deslocou-se a Toledo, a capital imperial, descalço e com um baraço ao pescoço. Acompanhado da sua esposa e filhos, colocou ao dispor do imperador a sua vida e a dos seus, como penhor pela manutenção do juramento de fidelidade de nove anos antes. Diz-se que o imperador, comovido com tanta honra, o perdoou e mandou em paz de volta a Portucale.
Esta parte da vida de Egas Moniz, é recontada por Camões no Canto III dos Lusíadas (estrofes 35-40).
Existe um cenotáfio historiado no Mosteiro de Paço de Sousa, do qual foi padroeiro, referido tradicionalmente como "Túmulo de Egas Moniz". O Aio.
(2) - Camões no Canto III dos Lusíadas relata a vida de Egas Moniz
https://pt.wikipedia.org/wiki/Os_Lus%C3%ADadas#Egas_Moniz
https://pt.wikipedia.org/wiki/Os_Lus%C3%ADadas
Os Lusíadas é uma obra poética do escritor Luís Vaz de Camões, considerada a epopeia portuguesa por excelência.