Situado na Província do Ribatejo, Distrito de Santarém, ergue-se o Castelo de Almourol.
Ergue-se altaneiro e vigilante, numa pequena ilha do Rio Tejo, entre Vila Nova da Barquinha e Constância.
Tem origem nos tempos remotos mas foi Gualdim Pais, Mestre da Ordem dos Templários, que em 1160 iniciou a construção e edificação do castelo, que foi dado por concluído em 1171.
Gualdim Pais, natural de Braga, foi um indómito guerreiro ao serviço de Dom Afonso Henriques.
Foi também um intrépido cruzado e, além do Castelo de Almourol, mandou edificar os Castelos de Tomar e da Idanha.
Gualdim Pais foi um português de rija tempera que trabalhou e lutou para que hoje tivessemos orgulho em pertencer a esta Pátria que Camões tão bem soube cantar.
O Castelo de Almourol, além do seu papel de sentinela vigilante do Pátrio território, guarda, nas suas pedras, muitas histórias e lendas de amor.
Narremos apenas uma: o Palmeirim de Inglaterra estava enamorado da bela Miroguarda.
Esta moura, acompanhada de Polinarda, foi tomada prisioneira do Gigante Almourol
Palmeirim, ao saber do facto, voltou à pátria disposto a disputar ao Gigante a libertação de Miroguarda.
Após uma longa e árdua disputa e já sem forças, Palmeirim começara a duvidar do sucesso da sua acção.
Mas estava-lhe reservada uma grande surpresa: o Gigante Dramusiando, que odiava o Gigante Almourol, pôs-se a seu lado e auxiliou-o a vencer, proporcionando aos dois amantes, a felicidade de poderem trocar um beijo de amor.
Esta é a história que se conta. Verdadeira ou não, ela fica a ilustrar quanto romantismo encerram as velhas pedras do Castelo de Almourol.
Ao olharmos, ao largo, o Castelo de Almourol, não podemos deixar de pensar naqueles portugueses de antanho que nos legaram coisas incríveis que nos aproximam uns dos outros, como irmãos, como filhos da mesma terra.
Consta que Camões, o príncipe dos poetas, também por aqui andou, a beber a água cristalina da lusitanidade, a mitigar a sede que a sua alma sentia, sedenta de desejos e de paixão.
Em suma, o Castelo de Almourol é um magnífico exemplar da arquitectura militar da época.
Não sendo hoje mais do que um monumento, o Castelo de Almourol é a marca sublime dum povo que, desde os primeiros dias, soube sofrer e soube vencer.
Património Nacional – Classificação: Monumento Nacional em1910
O Castelo de Almourol, no Ribatejo, localiza-se na Freguesia dePraia do Ribatejo, Concelho de Vila Nova da Barquinha, Distrito de Santarém, em Portugal, embora a sua localização seja frequentemente atribuída a Tancos, visto ser a vila de onde se vislumbra melhor.
Erguido num afloramento de granito a 18 m acima do nível das águas, numa pequena ilha de 310 m de comprimento por 75 m de largura, no médio curso do rio Tejo, um pouco abaixo da sua confluência com o rio Zêzere, à época da Reconquista integrava a chamada Linha do Tejo, actual Região de Turismo dos Templários. Constitui um dos exemplos mais representativos da arquitectura militar da época, evocando simultaneamente os primórdios do reino de Portugal e a Ordem dos Templários, associação que lhe reforça a aura de mistério e romantismo. Com a extinção da Ordem do Templo o castelo de Almourol passa a integrar o património da Ordem de Cristo (que foi a sucessora em Portugal da Ordem dos Templários).
História
Antecedentes e toponímia
Embora os autores não sejam unânimes acerca da primitiva ocupação humana deste sítio, acreditando-se que remonte um castro pré-histórico, a pesquisa arqueológica trouxe à luz testemunhos do período romano (moedas do século I a.C.) e do período medieval (medalhas). Alguns autores, ainda, identificam em alguns trechos na base das muralhas, exemplos do aparelho construtivo de tipo romano.
A partir do século III, o sítio foi ocupado por outros grupos, nomeadamente os Alanos, os Visigodos e os Muçulmanos, estes últimos a partir do século VIII. No século XIII, a fortificação já existia, por eles denominada como Al-morolan (pedra alta).
Não se pode precisar a origem do seu nome, assim como se torna difícil clarificar o significado e a própria grafia do qual são conhecidas variações: Almoriol, Almorol, Almourel, Almuriel. Outros autores estabelecem ligação com o termo Moron, que Estrabão teria referido como cidade situada à beira Tejo, ou com o termo Muriella, que consta da descrição da delimitação do Bispado de Egitânia e Corretânea.
O castelo medieval
À época da Reconquista cristã da península Ibérica, quando esta região foi ocupada por forças portuguesas, Almourol foi conquistado em 1129 por D. Afonso Henriques (1112-1185). O soberano entregou-o aos cavaleiros da Ordem dos Templários, então encarregados do povoamento do território entre o rio Mondego e o Tejo, e da defesa da então capital de Portugal, Coimbra.
Nesta fase, o castelo foi reedificado, tendo adquirido, em linhas gerais, as suas atuais feições, características da arquitectura templária: espaços de planta quadrangular, muralhas elevadas, reforçadas por torres adossadas. Tinham 9 torres e uma mais alta e na janela virada a nascente tem uma cruz dos templários. Dominadas por uma torre de menagem. Uma placa epigráfica, colocada sobre o portão principal, dá conta que as suas obras foram concluídas em 1171, dois anos após a conclusão do Castelo de Tomar, edificado por determinação de Gualdim Pais, filho de Paio Ramires. As mesmas características arquitectónicas estão presentes também no Castelo de Idanha, no de Monsanto, no de Pombal, no de Tomar e no de Zêzere, seus contemporâneos.
Sob os cuidados da Ordem, constituído em sede de uma Comenda, o castelo tornou-se um ponto nevrálgico da zona do Tejo, controlando o comércio de azeite, trigo, carnede porco, frutas e madeira entre as diferentes regiões do território e Lisboa. Acredita-se ainda que teria existido uma povoação associada ao castelo, em uma ou em ambas as margens do rio, uma vez que, em 1170, foi concedido foral aos seus moradores.
Com o avanço da reconquista para o sul e a extinção da Ordem dos Templários em 1311 pelo papa Clemente V durante o reinado de D. Dinis (1279-1325), a estrutura passou para a Ordem de Cristo, vindo posteriormente a perder importância, tendo sofrido diversas alterações.
Do século XVIII aos nossos dias
Vítima do terramoto de 1755, a estrutura foi danificada, vindo a sofrer mais alterações durante o romantismo do século XIX. Nessa fase, e obedecendo à filosofia então corrente de valorizar as obras do passado à luz de uma visão ideal poética, o castelo foi alvo de adulterações de índole decorativa, incluindo o coroamento uniforme das muralhas por ameias e merlões.
O castelo foi entregue ao Exército português na segunda metade do século XIX, sob a responsabilidade do comandante da Escola Prática de Engenharia de Tancos, a que está afecto até aos nossos dias.
No século XX foi classificado como Monumento Nacional de Portugal por Decreto de 16 de Junho de 1910. À época do Estado Novo português o conjunto foi adaptado para Residência Oficial da República Portuguesa, aqui tendo lugar alguns importantes eventos oficiais. Para esse fim, novas intervenções foram promovidas nas décadas de 1940 e de 1950, reforçando aspectos de uma ideologia de nacionalidade cultivada pelo regime à época.
No início de Junho de 2006 foram inaugurados dois novos cais para embarcações turísticas: um na margem direita do rio Tejo e outro na zona Sul da ilha.
Em setembro de 2013, iniciaram-se os trabalhos de beneficiação das muralhas e intervenção na torre de menagem do Castelo de Almourol para criar um espaço museológico.
As obras, que se prolongarão por seis meses e implicam um investimento na ordem dos 500 mil euros, incidirão em diversas zonas de desagregação dos panos da muralha e das torres, com a sua impermeabilização, drenagem das águas e beneficiação das muralhas.
A intervenção na torre de menagem incidirá na substituição do actual terraço, na colocação de uma escada metálica de circulação vertical e na instalação de um sistema expositivo de conteúdos referentes aos Templários, visando preservar e proteger o monumento e possibilitando-lhe melhores condições de acessibilidade e circulação.
Características
A construção, em cantaria de granito e alvenaria argamassada, é de planta irregular (orgânica), reflexo da irregularidade do terreno, e apresenta uma divisão demarcada em dois níveis, um exterior inferior e outro interior mais elevado.
O primeiro nível acede-se através da entrada principal onde se encontram lápides que fazem referência à intervenção de Gualdim Pais e onde são mencionados o nome do obreiro e o ano em que a intervenção tomou lugar. Neste espaço as muralhas apresentam nove altas torres circulares (quatro equidistantes a oeste, e cinco a leste) encontrando-se aqui também a porta da traição e vestígios do que terá sido um poço.
Subindo alguns degraus e atravessando outra porta entra-se no segundo nível, a zona interior mais elevada onde se ergue a torre de Menagem quadrangular, elemento característico dos templários, erguida no século XII. Esta estrutura de três pisos apresenta já só as sapatas como elemento original (onde se apoiaria o vigamento de madeira) e uma cruz patesca acima da janela, símbolo adoptado pelos templários. Aqui os panos de muralhas coroadas por merlões e seteiras apresentam escadarias que fazem o acesso ao topo da muralha e ao caminho que o percorre, o adarve. A comunicação entre as diversas partes do castelo pode ser feita através de várias passagens de cantaria.
Pelo ilhote, outros caminhos foram construídos, permitindo não só o percurso pela vereda que abraça o castelo, como também a possibilidade de vislumbrar de várias perspectivas a paisagem envolvente.
A questão epigráfica
Sobre a porta principal do castelo, uma inscrição epigráfica datada da era de 1209 (1171), menciona, além da naturalidade bracarense de Gualdim Pais e da sua ação militar contra os muçulmanos no Egito e na Síria, a sua ascensão à chefia da Ordem do Templo em Portugal e subsequente construção dos castelos de Pombal, Tomar, Zêzere, Cardiga e Almourol (…factus domus Templi Portugalis procurator, hoc construxit castrum Palumbare, Tomar, Ozezar, Cardig, et hoc ad Almourol), evidenciando que, naquele ano, o castelo de Almourol se achava, como os demais indicados, já construído. Entretanto, uma segunda inscrição, sobre a porta interior, informa ter sido na era de 1209 que Gualdim Pais edificou o Castelo de Almourol. Uma terceira inscrição, sobre a porta da sacristia da igreja do Convento de Tomar.
Afonso Henriques foi o primeiro rei de Portugal e era filho do Conde de Borgonha, D. Henrique, cruzado que veio para a Península Ibérica auxiliar o rei de Leão e de Castela na guerra contra os mouros, ficando depois a governar o Condado Portucalense.
A Batalha de S. Mamede, em 24 de junho de 1128, em que derrotou os partidários de sua mãe, D. Teresa de Aragão marca o início da governação do Condado Portucalense por D. Afonso Henriques.
Este empenhou-se sobretudo na reconquista do território aos mouros. Com a vitória alcançada na batalha de Ourique em 1139 auto-proclamou-se rei. Contudo, este título só lhe é confirmado em 1179 pela Bula Papal Manifestis Probatum.
De entre as suas conquistas destaca-se a tomada aos mouros de Santarém, Lisboa (com a ajuda dos Cruzados), Évora e Beja.
Afonso Henriques fundou ainda os Mosteiros de Santa Cruz (Coimbra), onde está sepultado, Santa Maria (Alcobaça), São João Baptista de Tarouca e São Vicente de Fora (Lisboa). Criou duas Ordens Militares: a da Ala e a de São Bento de Aviz.
Os romances de cavalaria foram um género literário de grande sucesso em Portugal nos séculos XV e XVI, de jeito paralelo aos romances de cavalaria espanhóis da mesma época.
A autoria portuguesa do Amadis de Gaula é discutida, embora os textos mais antigos dessa obra que se conservam estejam em castelhano. Porém, independentemente desta obra, outros romances de cavalaria foram produzidos em Portugal, enumerados no catálogo de Pascual de Gayangos y Arce, publicado em 1857:
Palmeirim de Inglaterra, de Francisco de Moraes (Livro I, Toledo, 1547, e Livro II,)
O Palmeirim de Inglaterra, de nome completo Crónica do famoso e muito esforçado cavaleiro Palmeirim d´Inglaterra, é um romance de cavalaria português escrito por Francisco de Morais (1500-1572), entre 1541 e 1543. O livro possui algumas lembranças autobiográficas do autor. É considerado um dos melhores romances de cavalaria do século XVI, e foi como tal elogiado por Cervantes em Dom Quixote.
Relação com outros livros
Cronologicamente, o livro é o quarto do popular ciclo hispano-português dos Palmerins, inaugurado com Palmerim de Oliva (Salamanca, Juan de Porras, 1511), Primaleón (Salamanca, Juan de Porras, 1516) e Platir (Valladolid, Nicolás Tierri, 1533), do qual provém, a temática e a maioria dos personagens. Não é continuação do terceiro livro, Platir (1533), mas do segundo, Primaleão.
Embora contenha considerável matéria original, Palmeirim de Inglaterra revela uma forte influência do Amadis de Gaula, bem como das Sergas de Esplandián, de Garci Rodríguez de Montalvo.
Continuação
A obra foi continuada em português por Diogo Fernandes em Duardos de Bretanha (terceira e quarta parte de Palmeirim de Inglaterra) e esta por Baltazar GonçalvesLobato em Clarisol de Bretanha (quinta e sexta parte). Também houve uma continuação italiana, escrita por Mambrino Roseu.
Composição
Palmeirim de Inglaterra consta de dois livros, o primeiro dividido em 101 capítulos e o segundo por 66. A edição mais antiga que se conhece é a publicada em Toledo (em 1547 o primeiro livro e em 1548 o segundo), com o título de "Livro do muito esforçado cavaleiro Palmerim de Inglaterra filho do rei Dom Duardos", no qual é atribuído em versos acrósticos a um Luis Hurtado de Toledo, que devia ser então muito jovem. Em português, a versão impressa mais antiga que se conhece é a publicada por André de Burgos em Évora em 1567, com o título de "Crónica de Palmeirim de Inglaterra".
Elogios de Miguel de Cervantes
Diz Cervantes no Dom Quixote:
«abrindo outro livro, viu que era Palmerim de Oliva, e junto a ele estava outro que se chamava Palmerim de Inglaterra; o qual visto pelo licenciado, disse: - Dessa oliva façam ralhas e queime-se, que ainda não fiquem dela as cinzas; e dessa palma de Inglaterra guarde-se e preserve-se como a coisa única»
— Dom Quixote , Capítulo VI
Assim, Cervantes salvava o Palmerim de Inglaterra da fogueira do pátio de Dom Quixote, salvamento de livros de cavalaria no que apenas acrescentava o Amadis de Gaula e Tirant lo Blanc.
Francisco de Moraes Cabral (ou Francisco de Morais Cabral) (Bragança, 1500? - Lisboa ou Évora,1572) foi um escritor português, autor da obra Palmeirim de Inglaterra, contribuiu para a difusão das novelas de cavalaria na língua portuguesa.
Biografia
Conhece-se pouco sobre a vida de Francisco de Moraes. Sabe-se que em 1539 era «moço da câmara» do Cardeal Infante. Serviu como secretário pessoal de D. Francisco de Noronha, embaixador de D. João III de Portugal na corte de Francisco I da França, escrevendo durante as suas duas viagens a Paris (1540 e 1546), o livro de cavalarias Palmeirim de Inglaterra, um derivado do Amadis de Gaula, quarto da série dos Palmeirins, que teve bastante sucesso por toda Europa, particularmente na Inglaterra, sendo reimpressa várias vezes.
Também foi autor de uma obra autobiográfica, "Desculpas de uns amores", que seria publicada postumamente em 1624.
Os Templários em Almourol - Carregado a 12/01/2009
CMBarquinha
A presença templária no Castelo de Almourol, fortaleza reconstruída por Gualdim Pais, mestre da Ordem dos Templários, em 1171.
À época da Reconquista integrava a chamada Linha do Tejo, constituindo um dos exemplos mais representativos da arquitectura militar da época, evocando simultaneamente os primórdios do reino de Portugal e a Ordem dos Templários, associação que lhe reforça a aura de mistério e romantismo.
O monumento é o ex-libris do Concelho de Vila Nova da Barquinha.
Cercado pelas águas do rio Tejo, destaca-se num maciço granítico de uma ilhota do Tejo, entre Vila Nova da Barquinha e a Praia do Ribatejo.
A singular localização do Castelo torna-o um dos mais bonitos monumentos do país, tendo sido considerado Monumento Nacional em 1910.
Foi um dos 21 finalistas da eleição das 7 Maravilhas de Portugal.
Giovanni Bellini, também chamado em sua terra natal de Giambellino, (Veneza, c. 1430 - idem, 1516) foi um pintor do Renascimento. O mais famoso de uma família de pintores de mesmo sobrenome, era cunhado e amigo de Mantegna, e teve Tiziano entre seus aprendizes. É considerado como renovador da pintura da escola veneziana, movendo-a para um estilo mais sensual e policromático. Pelo uso de cores clarasde lenta secagem, Bellini criou sombras detalhadas, profundidade e ricos coloridos. Suas fluentes e coloridas paisagens tiveram um grande efeito no seu tempo.
Biografia
Primeiros anos
Bellini começou a desenhar na casa de seu pai Jacopo Bellini, e sempre viveu e trabalhou em fraternal relação com seu irmão Gentile, também pintores. Existem evidências que os irmãos serviram como assistentes do pai até perto dos trinta anos, em trabalhos em Veneza e Pádua. Nos primeiros trabalhos de Giovanni vemos a forte influência da escola de Pádua, especialmente de Mantegna, em detrimento do estilo mais gracioso e fácil do pai. Essa influência se mostra até depois que Mantegna parte para Mântua em 1460. Os primeiros sinais de independência, numa fraternal rivalidade, aparecem em A Agonia no Horto, que tinha uma tela com o mesmo tema, ambas tiradas de um desenho de Jacopo (hoje no Museu Britânico), Em todas suas obras iniciais, Giambellino combina a severidade do desenho e a rigidez complexa do drapeado da escola de Pádua com sua própria sensibilidade, sentimento religioso e condição humana. Ele é todo executado em têmpera antiga, diluindo a tragédia da cena com um novo e belo efeito romântico de côr.
(...) Sua última obra foi Festa dos Deuses, para o duque Afonso de Ferrara, mas morreu antes de terminar, tarefa legada a seus pupilos.
Legado
Tanto artisticamente quanto pessoalmente, a carreira de Giovanni Bellini foi, na maior parte do tempo, serena e próspera, da juventude à velhice, como aconteceu com vários artistas do início do Renascimento. Viveu para ver sua própria escola brilhar sobre a de seus rivais, os Vivarini de Murano. Personalizou muito do esplendor de Veneza no seu tempo e viu sua influência propagada por um time de pupilos, dois dos quais se pode dizer sem demérito terem superado o mestre, Giorgione, que só viveu mais cinco anos, e Tiziano, que alcançou glória própria, vivendo muitos e frutíferos anos.
Em uma perspectiva histórica, Bellini foi fundamental para o desenvolvimento do Renascimento Italiano por sua incorporação de novas estéticas e técnicas, muitas aprendidas com Antonello de Messina, que trouxe novidades de sua temporada em Flandres. Popularizou o uso de tintas a óleo, diferente da têmpera usada naquele tempo pela maioria dos pintores. Introduziu também modificações no simbolismo, que podemos ver em obras como São Francisco em Êxtase e no altar de 'San Giobbe, onde usou temas religiosos por meio de elementos naturais. Contribuiu grandemente com a arte suas experiências com o uso da cor e de tintas a óleo na criação de uma nova atmosfera artística.
Algumas Obras
Madona Willys. Museu de Arte de São Paulo
A Transfiguração, (1455), Veneza;
Pietà, (1460), Brera, Milão;
Poliptico de São Vicente Ferreri, (1464), basilica de São João, Veneza;
A Coroação da Virgem, retabulo de Pesaro, (1473), museu Civici, Pesaro;
A Ressureição de Cristo, (1475-1479), Berlim;
Extase de São Francisco, (c. 1480), Frick Collection, Nova Iorque;
A transfiguração, (c. 1485), Capodimonte, Nápoles;
Um membro do Exército Português fornece a soldados do exército canadiano uma explicação do modo de funcionamento da metralhadora MG-42, em Tancos. Portugal participa na JOINTEX 15, como membro da NATO - exercício TRIDENT JUNCTURE, em 22 de outobro de 2015.
Fotografia: Alex Parenteau, do Exército Canadiano.
Amedeo Momo Simonetti (Genova, 1874 - Roma, 1922) foi um pintor italiano.
Exposições
Participou em várias exposições organizadas pela Associação dos Aguarelistas de Roma. Em 1904 expôs "Impressione" na Mostra Internacional de Arte de Veneza.
Festival Internacional de Chocolate de Óbidos(1) O Cacaueiro (2)
Histórias breves de…
O Chocolate
Aproveitando a visita que fazemos a Óbidos, por ocasião do Festival Internacional de Chocolate, apraz-me dizer algumas palavras sobre o assunto:
Hernán Cortés (1485/1547) navegador espanhol, foi talvez o primeiro europeu a saborear o gosto pelo cacau.
Cortés, acompanhado por 502 homens, pensou um dia conquistar o México. Porém, longe de ser recebido com hostilidade pelo Imperador que então governava (Moctezuma-1466/1520) foi recebido com pompa e circunstância já que, em vez de ser visto como guerreiro, foi-o como a reencarnação de Deus Quetzalcóatl.
A prevista matança foi transformada em dia de festa. Moctezuma recebeu o seu “ídolo” com hospitalidade, prodigamente regado, não com bebidas alcoólicas mas com uma bebida especial: o chocolate.
Cortés observou entretanto com muita atenção o modo como os Aztecas tratavam as sementes de cacau.
Intrigado, Cortés enviou para Espanha, uns quantos punhados de sementes.
Plantadas umas, feitas bebida outras, o chocolate passou a ser, desde então a “bebida dos reis”.
Foram os Olmecas (povo que viveu entre 1.500 a 400 anos antes de cristo) os primeiros seres humanos a usar o cacau como bebida, pelo que cultivavam o cacau em território mexicano. Foram no entanto os Maias (600 a.C.) e os Aztecas (1400 anos a.C.) os principais apreciadores da inebriante bebida.
A semente do cacau era, inclusivamente, usada como moeda de troca entre os povos durante as guerras que entre si eclodiam.
Os deuses ”Quetzalcóatl” (Azteca) e “Chak Ek Chuak” (Maia) foram os portadores das sementes do cacau para os seus povos.
Em 1502 Colombo chegou à Nicarágua, descobrindo numa piroga indígena, algumas sementes de cacau não lhes dando, no entanto, qualquer valor. Só mais tarde, em 1519, Cortés revelou ao mundo o quão preciosa era aquela semente.
Na Península Ibérica só em 1585 é que começou a desenvolver-se a indústria do chocolate. A partir daqui, esta indústria conheceu grande expansão, espalhou-se pela europa e pelo mundo.
A indústria do cacau conheceu diversas etapas. Assim o cacau em pó apareceu em 1828, na Holanda, em 1830 foi na Inglaterra que apareceram as primeiras tabletes, ou seja, o chocolate solidificado. Foi na Suíça que depois apareceu o chamado chocolate-leite.
É justo destacar a Nestlé, criada por Henri Nestlé, como o expoente máximo da indústria chocolateira no mundo.
Em Portugal sobressaíram as marcas Regina e Favorita.
O cacaueiro (Theobroma cacao, que significa alimento dos deuses) é a árvore que dá origem ao fruto chamado cacau. É da família Malvaceae e a sua origem é a América do Sul. Atinge entre 4 a 8 metros de altura e possui duas fases de produção: temporão (março a agosto) e safra (setembro a fevereiro). O cacau é a principal matéria-prima do chocolate, feito por meio da moagem das suas amêndoas secas em processo industrial ou caseiro. Outros subprodutos do cacau incluem sua polpa, suco, geleia, destilados finos e sorvete.
Por ser plantado à sombra da floresta, o cacau foi responsável pela preservação de grandes corredores de mata atlântica no sul do Estado da Bahia no Brasil. Este sistema é conhecido como "cacau cabruca", do termo "brocar" (ralear). Recentemente, foi criado o Instituto Cabruca que, junto com outras instituições ambientalistas, vem desenvolvendo projetos de pesquisas e extensão sobre o tema, estudando formas de manter essa vegetação nativa associada ao cacau.
Os Olmecas são a designação do povo e da civilização que estiveram na origem da antiga cultura pré-colombiana da Mesoamérica e que se desenvolveram nas regiões tropicais do centro-sul do atual México durante o pré-clássico, próximo de onde hoje estão localizados os estados mexicanos de Veracruz e Tabasco, no Istmo de Tehuantepec, numa zona designada área nuclear olmeca. A cultura olmeca floresceu nesta região aproximadamente entre 1500 e 400 a.C., e crê-se que tenha sido a civilização-mãe de todas as civilizações mesoamericanas que se desenvolveram posteriormente. No entanto, desconhece-se a sua exacta filiação étnica, ainda que existam numerosas hipóteses colocadas para tentar resolver esta questão. O etnónimo olmeca foi cunhado pelos arqueólogos do século XX, e não devem confundir-se com os muito posteriores olmecas-xicalancas que ocuparam vários locais do México central, como Cacaxtla.
Os povos astecas eram certos grupos étnicos da região central do atual México, em particular os grupos que falavam a língua náuatle e que dominaram grande parte da Mesoamérica entre os séculos XIV e XVI. As palavras em náuatle aztecatl (singular) e aztecah (plural) significam "povos de Aztlán", um lugar mitológico para a cultura de língua náuatle e mais tarde adotado como termo definidor da própria cultura. Muitas vezes o termo "asteca" refere-se exclusivamente aos povos astecas da cidade de Tenochtitlan (hoje o local da Cidade do México), que localizava-se em uma ilha no antigo lago Texcoco e que se referiam a si mesmos como Mexica Tenochca ou Cōlhuah Mexicas.
Sylvanus Griswold Morley (1883 -1948) foi um arqueólogo e epigrafista norte-americano que contribuiu de forma significativa para o estudo da civilização maia pré-colombiana no início do século XX.
A civilização maia foi uma cultura mesoamericana pré-colombiana, notável por sua língua escrita (único sistema de escrita do novo mundo pré-colombiano que podia representar completamente o idioma falado no mesmo grau de eficiência que o idioma escrito no velho mundo), pela sua arte, arquitetura, matemática e sistemas astronómicos. Inicialmente estabelecidas durante o período pré-clássico (1000 a.C. a 250 d.C.), muitas cidades maias atingiram o seu mais elevado estado de desenvolvimento durante o período clássico (250 d.C. a 900 d.C.), continuando a se desenvolver durante todo o período pós-clássico, até a chegada dos espanhóis. No seu auge, era uma das mais densamente povoadas e culturalmente dinâmicas sociedades do mundo.
Henri Nestlé (1800) (6) Chocolate de Leite (7) Sede da Nestlé(8)
Henri Nestlé (Frankfurt, 1814 – Glion, 1890) foi o fundador da Nestlé Alimentos S.A. com sede em Vevey na Suíça. A Nestlé é uma das maiores empresas que fabricam alimentos, bebidas e chocolates do mundo na atualidade. Foi ele quem criou a Farinha Láctea Nestlé. Na Suíça, as crianças da época estavam tendo sérios problemas de desnutrição, sendo que algumas delas chegaram até a perder a vida e Henri Nestlé, que era farmacêutico, resolveu desenvolver um alimento que contivesse todos os nutrientes necessários para as crianças.
Daniel Peter (Vevey, 1836 – 1919) foi um famoso chocolateiro suíço. Ele foi o primeiro fabricante a fazer uma barra de chocolate de leite em 1875. Peter começou sua carreira como doceiro na sua cidade natal Vevey. O chocolateiro suíço, teve a ideia de usar leite em pó, inventado pelo químico Henri Nestlé em 1867, para fazer o chocolate ao leite.
Vista de Angra do Heroísmo: uma das principais cidades açorianas e sede da Diocese de Angra, na Ilha Terceira; ao fundo, o Monte Brasil. Fotografia de Concierge.2C.
Os Açores, oficialmente Região Autónoma dos Açores, são um arquipélago transcontinental e um território autónomo da República Portuguesa, situado no Atlântico nordeste.
A Montanha do Pico, a montanha mais alta de Portugal com os seus 2 351 m acima do nível médio do mar. A Montanha do Pico é um estrato vulcão. (...) Fica na ilha do Pico, nos Açores.
Hydrangea macrophylla (Thunb.) Ser., conhecida pelos nomes comuns de hortênsia, novelão, hidrângea ou hidranja, é uma espécie fanerógama arbustiva pertencente ao género Hydrangea, nativa do Japão e China, mas actualmente cultivado como planta ornamental em todas as regiões temperadas e subtropicais. A espécie, de que existem múltiplos cultivares, apresenta flores rosadas ou azuis dependendo do pH do solo: em solos ácidos as flores são azuis, enquanto em solos alcalinos são cor-de-rosa.
Real Abadia de Alcobaça com muro (1750) (1) Mosteiro de Alcobaça(2)
Monografias - Terras de Portugal
Algumas palavras sobre Alcobaça
Falemos, sucintamente do Mosteiro de Alcobaça.
É neste mosteiro que repousam Pedro e Inês, esse par que entrou, definitivamente no imaginário de todos os namorados.
O Mosteiro de Alcobaça, que na realidade se chama Real Abadia de Santa Maria Alcobaça, é um sumptuoso edifício onde, no seu interior, passam as águas do Rio Baça.
Começou a ser edificado em 1178, por vontade de D. Afonso Henriques e foi concluído setenta e cinco anos depois.
É neste mosteiro que funcionaram as primeiras aulas de Gramática, Teologia e Lógica, ministrados pelos Monges de Cister.
Durante todo o tempo da sua existência o mosteiro sofreu cobiças, especialmente a partir das invasões francesas cujas tropas, quais abutres, tudo saqueavam à sua passagem.
O mosteiro tem uma fachada de quarenta de dois metros de altura. Foi construído nos terrenos doados por D. Afonso Henriques, nos quais a exploração agrícola era bastante assinalável.
Alcobaça é, ainda hoje, um centro frutífero de grande envergadura.
A Igreja do Mosteiro tem cento e seis metros de comprimento, cerca de dezassete metros de largura e vinte metros, aproximadamente de altura, o que a torna a maior igreja de Portugal.
A nave central tem doze secções apoiadas em vinte e quatro colunas. As duas naves laterais suportam uma magnífica abobada ogival.
Tanta grandiosidade, a contrastar com a modéstia dos Monges de Cister, são o nosso grande orgulho.
Dos saques de que o mosteiro foi vítima, escaparam, como que por milagre, os túmulos de D. Pedro e de D. Inês de Castro.
Os corpos destes dois enamorados foram recebidos no mosteiro em 1361, o de D. Inês e em 1367, o de D. Pedro.
Podemos admirar, no interior do mosteiro, o retábulo da morte de São Bartolomeu, do século XVII, a fonte manuelina, do século XVI, a capela-relicário em talha dourada e sua famosa cozinha do século XVII, por onde o Baça passa.
Mas Alcobaça não e só o seu mosteiro.
Na localidade podia admirar-se o seu vetusto Castelo (que nasceu árabe e desapareceu com o terramoto de 1755, o tal que destruiu Lisboa).
Pode ainda ver-se e admirar, a Ermida Barroca da Senhora do Desterro, com azulejos de rara beleza, e a Igreja da Misericórdia.
Visitemos as nossas terras, bendigamos todos aqueles que, de algum modo, construíram o nosso Portugal.
Gravura da Real Abadia de Alcobaça com muro, antes de 1750. Autor desconhecido. Gravura encontrada em "Mapa Topográfico" na preparação da construção de uma estrada entre Rio Maior e Leiria; Relatório Nº CB 25 do Instituto Português do Património Arquitectónico, 1999, Lisboa, pág. 15 de J. Pedro Tavares.
Nomes alternativos Real Abadia de Santa Maria de Alcobaça
Tipo Mosteiro
Estilo dominante Gótico, Manuelino, Maneirismo, Barroco
Início da construção século XII
Inauguração 1252 (sagração)
Património Nacional - Classificação: Monumento Nacional
Data 1910
Património da Humanidade -Critérios: C (i) (iv)
Data 1989
O Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça, também conhecido como Real Abadia de Santa Maria de Alcobaça ou mais simplesmente como Mosteiro de Alcobaça, é a primeira obra plenamente gótica erguida em solo português. Foi começado em 1178 pelos monges de Cister. Está classificado como Património da Humanidade pela UNESCO e como Monumento Nacional, desde 1910, IPPAR. Em 7 de Julho de 2007, foi eleito como uma das sete maravilhas de Portugal. Em 1834 os monges foram forçados a abandonar o mosteiro, na sequência do decreto de supressão de todas as ordens religiosas de Portugal, promulgado por Joaquim António de Aguiar, ministro dos negócios eclesiásticos e da justiça do governo da regência de D. Pedro, Duque de Bragança.
História
No fim do século X organizou-se em Cluny, na Borgonha, um novo mosteiro beneditino que procurava renovar a Regra de S. Bento. As igrejas cluniacenses eram cheias de belos elementos decorativos. A Regra de São Bento foi sendo "aligeirada" e alguns monges abandonam o seu mosteiro de Molesmes para fundarem um novo mosteiro em Cister. Os religiosos de Cister deviam viver do seu trabalho, não acumular riquezas, e os mosteiros seriam edificados em lugares ermos, sem qualquer decoração. Bernardo de Claraval, que se recolhera em 1112 em Cister, donde saiu para fundar a Abadia de Claraval animou bastante esta reforma que restituiu à Regra de S. Bento todo o rigor inicial. Enquanto D. Afonso Henriques se empenhava na Reconquista, chegaram ao território português os monges Cistercienses que fundaram o Mosteiro de São João Baptista de Tarouca em 1140.
Afonso Henriques primeiro rei de Portugal doou e coutou muitas terras na região de Alcobaça a S. Bernardo, em cumprimento da promessa feita, em 1147, quando da conquista de Santarém. É de cerca de 1152 o começo da construção provisória do mosteiro em Alcobaça, sendo conhecida no mesmo ano uma referência ao seu abade. A carta de doação foi assinada por D. Afonso Henriques no ano seguinte, 1153. Se se comparar a planta da igreja do Mosteiro de Alcobaça com a da segunda igreja de Claraval, vemos que têm quase a mesma dimensão e disposição espacial.
Os primeiros monges de Alcobaça, monges brancos, tiveram uma acção civilizadora notável: em 1269 abrem a primeira escola pública. Também desempenharam acções de assistência e beneficência através da botica, a farmácia, e da esmola da portaria.
No tempo do geral Fr. Sebastião de Sotomaior tomaram grande incremento as oficinas de imaginária da Abadia.
Vista geral da Capela de Nossa Senhora do Desterro localizada no Jardim das Murtas, cerca do Mosteiro de Alcobaça. Autor: David Machado, em colaboração com Wiki Loves Monuments
Abrangido por outra classificação - Património Mundial
Nota Histórico-Artistica
Edificada na cerca do Mosteiro de Alcobaça muito próxima da sacristia da igreja cisterciense, a ermida de Nossa Senhora do Desterro destaca-se pela sua imponente fachada-retábulo barroca, característica de um período em que as fachadas assumem importância extrema enquanto elementos primordiais da arquitectura, intervindo directamente na dinamização do espaço urbano (PEREIRA, 1986, p. 36).
Desenhada em 1716 pelo Padre Frei Luís de São José, arquitecto ainda pouco estudado mas com obra de grande interesse, esta ermida representa um dos trabalhos mais significativos do artista, muito celebrado pelas fachadas-retábulo que concebeu, entre as quais se destacam a da presente igreja ou a da igreja de São Vicente em Braga, de 1713 (SERRÃO, 2003, p. 178).
Por Carlos César Correia Gonçalves - Bibliotecário-Geral da ULHT
Resumo
Depois de se referir o ambiente onde se enquadra a Abadia de Santa Maria de Alcobaça, aponta-se o cunho aqui marcado da chamada “revolução escolar” do século XIII, em que os conteúdos e métodos de ensino se manifestam com um sentido novo, próprio das Universidades da época. Efectivamente, a Ordem de Cister vai na procura de se cercar do mais rigor e riqueza da Regra de São Bento. Entretanto o Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça recebe uma doação de D. Afonso Henriques. A contribuição do Mosteiro para a cultura portuguesa foi bastante reduzida nos primeiros tempos de existência, limitando-se a pouco mais que as leituras rotineiras de Teologia e de ensino só para os monges. Porém, organizada a exploração dos coutos de Alcobaça e feita a pacificação da região, foi possível aos frades dedicarem-se à cópia e iluminações de documentos. No ensino, na Escola de Alcobaça, depois de só se ensinar Teologia, entre 1252 e 1276, depois de uma reforma dos estudos, começa-se a ministrar Gramática e Lógica. Todavia, a grande reforma do ensino, manifestou-se na transformação do ensino com a sua passagem para o público, o que até então era só para monges. Sabe-se que a partir do século XIII, o Mosteiro de Alcobaça se voltou para uma cultura universitária, vindo a ser precursor de uma nova Universidade.
Ordem de Cister (Ordo cisterciensis, O. Cist. ou Sacer ordo cisterciensis, s.o.c.), também conhecida como ordem cisterciense, é uma ordem monástica católica reformada.
A criação de um plano cisterciense constituiu, na definição e distribuição das diversas edificações do Mosteiro de Alcobaça, um dos mais importantes factores de normalização dado que, com poucas e justificadas excepções, seria sempre semelhante em toda a cristandade.
As principais dependências do conjunto seriam a Igreja, com orientação definida tal como acontecia com as edificações medievais anteriores e o Claustro, o verdadeiro centro nevrálgico do mosteiro, geralmente localizado a sul do templo, sendo que em Alcobaça e por questões topográficas, se localiza a norte.
A referida orientação da Igreja significava o seu posicionamento num eixo poente-nascente, ficando a capela-mor virada para Oriente, ou seja, na direcção de Jerusalém e do túmulo de Cristo.
O cavalo do circo (1964) (1)Marc Chagall (1920) (2)
Histórias breves de…
Espectáculo Circense
O Espectáculo Circense existe há milhares de anos.
Há cerca de 4.000 anos foram descobertas, na China, umas pinturas rupestres representando figuras de acrobatas e de equilibristas.
Há 2.500 anos foram descobertas figuras de malabaristas nas pirâmides do Egipto.
Diz-se aliás, que a profissão de domador, se ficou a dever aos Faraós que gostavam de mostrar feras deitadas aos pés, com ares pachorrentos e sonolentos. Para tal, os animais teriam primeiro que ser domados.
Mas, há cerca de 1500 anos, na Índia, os números de ”Saltadores” e de “Contorcionistas” sempre fizeram parte dos espectáculos sagrados.
Na Grécia, há pouco mais ou menos 300 anos, as paradas e os números de forças combinadas já faziam parte dos Jogos Olímpicos.
E foi na Grécia que apareceram os primeiros Palhaços.
Existem muitos tipos de Circo: o circo de rua (ou saltimbancos); o circo tradicional; o circo chinês e o circo russo.
A maioria dos Circos tem, nos seus espectáculos, números de animais (dos mais pequenos e dóceis aos maiores e mais bravios).
Há muito boa gente que está contra a exibição de animais nos Circos, o que muito bem se compreende. Devo dizer, no entanto, que os bons e grandes Circos, tratam os animais com respeito e com carinho, lavando-os e alimentando-os convenientemente.
A palavra Circo foi usada pela primeira vez pelo cidadão inglês Charles Hughes, em 1782. Charles Hughes era um jovem cavaleiro que, montando os seus cavalos, os fazia galopar à volta da pista.
A vida circense não é nada fácil; de terra em terra, há necessidade de transportar os materiais e os artistas. Para o efeito cada Circo possui uns quantos camiões e umas quantas roulottes residenciais.
O Circo (propriamente dito) é um edifício construído em redondo tendo, no seu interior, uma pista de actuações e, nos fundos, um espaço rectangular destinado aos artistas, onde estes aguardam a sua vez de actuar.
A Cobertura tem o nome de “chapiteau” e é onde se prendem as “cordas”, os “baloiços” e outros apetrechos.
Há, em todo o mundo, escolas de circo. São famosas as que existem na China e na Rússia. Em Portugal, dirigida por uma mulher (que já actuou como “Mulher-Palhaço”) chamada Tereza Ricou, existe uma escola de circo que tem o nome de Chapitô, com sede na Rua Costa do Castelo, em Lisboa.
Em muitas cidades do mundo foram erguidas salas de espectáculos circenses com o nome de Coliseu.
O mais célebre de todos é, sem sombra de dúvida, o Coliseu de Roma, começado a ser erguido no tempo de Vespasiano. Tinha capacidade para cerca de 100.000 espectadores.
A chegada do circo a uma terra é sempre antecedida pela chegada do Secretário que trata, nos locais, de escolher os terrenos, de contratar a iluminação e de tratar de obter as necessárias licenças junto das Câmaras Municipais depois de obtido o sim das Juntas de Freguesia.
Não é fácil a vida do pessoal dos Circos. Desde a antipatia de muitos moradores locais até à falta de condições de vida e de higiene, não falando da falta de públicos a assistir aos espectáculos, tudo é precário e difícil.
Porem, quem vive a vida circense, tudo suporta com um sorriso nos lábios. Há uma máxima conhecida que diz que o Circo é o maior espectáculo do Mundo. Estamos de acordo! O Circo é, na realidade um grande espectáculo de luz, cor, destreza e ritmo. É, em verdade, um espectáculo de emoção e de vida.
Marc Chagall Zakharovich (1887 - 1985) foi um artista russo-francês. Um dos primeiros modernistas, ele foi associado com vários grandes estilos artísticos e obras criadas em praticamente todos os meios de expressão artística, incluindo pintura, ilustrações de livros, vitrais, cenários, cerâmica, tapeçarias e gravuras.
O crítico de arte Robert Hughes refere Chagall como "a quinta-essência do século XX" (através de Chagall viu o seu trabalho como "não é o sonho de um povo, mas de toda a humanidade"). De acordo com o historiador de arte Michael J. Lewis, Chagall foi considerado "o último sobrevivente da primeira geração de modernistas europeus". Durante décadas, ele "também foi respeitado como o mais proeminente artista judeu do mundo". Usando o meio de vitrais, ele produziu janelas para as Catedrais de Reims e Metz, janelas para a ONU, e janelas para Jerusalém em Israel. Ele também fez pinturas em grande escala, incluindo parte do tecto da Ópera de Paris.
(...) Chagall descreveu seu amor pelas pessoas de circo:
Por que fico tão tocado pelas suas composições e expressões? Com eles eu posso mover-me em direção a novos horizontes... Chaplin procura fazer no cinema o que estou tentando fazer nas minhas pinturas. Ele é talvez o único artista hoje com quem eu poderia estar sem ter que dizer uma única palavra.
(…) E por Jackie Wullschlager como o único pintor (depois de Matisse e Picasso terem falecido) capaz de compreender a cor”, Marc chagall nasceu em 1887 e morreu em 1985 mas as suas obras permanecem em museu e são consideradas obras-primas.
Pierre Choumoff, nasceu em Hrodna, 1872 e faleceu em Lodz, 1936, foi um fotógrafo Franco-russo.
Especializou-se em retratos, com 295 fotografias do notável Auguste Rodin, era então o principal fotógrafo.
Obra
Pierre Choumoff realizou numerosos retratos das celebridades suas contemporâneas, entre elas, Rodin, podemos citar Anatole France, Henri de Régnier, Claude Monet, Gabriel Fauré, (...) entre outros.
Da esquerda para a direita: Cândido Portinari, Antônio Bento, Mário de Andrade e Rodrigo Melo Franco. Palace Hotel, Rio de Janeiro, 1936. Desconhecido - CPDOC-FGV Projeto Portinari/ARFH87.
Cândido Torquato Portinari (Brodowski, 1903 - Rio de Janeiro, 1962) foi um artista plástico brasileiro. Portinari pintou quase cinco mil obras de pequenos esboços e pinturas de proporções padrão, como O Lavrador de Café, até gigantescos murais, como os painéis Guerra e Paz, presenteados à sede da ONU em Nova Iorque em 1956, e que, em dezembro de 2010, graças aos esforços de seu filho, retornaram para exibição no Teatro Municipal do Rio de Janeiro.
Portinari é considerado um dos artistas mais prestigiados do Brasil e foi o pintor brasileiro a alcançar maior projeção internacional.
Eduardo de Oliveira Coutinho (São Paulo, 1933 -Rio de Janeiro, 2014) foi um cineasta e jornalista brasileiro. É considerado por muitos como um dos maiores documentaristas da história do cinema do Brasil.
Tinha como marca realizar filmes que privilegiavam as histórias de pessoas comuns. Sua obra-prima é Cabra Marcado para Morrer, que marcou sua carreira como o principal documentarista do Brasil.
Principais reportagens para o Globo Repórter:
1980: Portinari, o Menino de Brodósqui (média-metragem - 50 min.) - sobre Cândido Portinari.
Maria Teresa Madeira Ricou ou Teté, a mulher-palhaço (Praia da Granja, 1946) é uma artista portuguesa ligada às artes circenses.
Biografia
Foi em África que passou a infância e parte da juventude; saíu de casa dos pais aos 16 anos; viveu em Inglaterra e França a partir do final da década de 1960. Nesse período teve inúmeras ocupações e, entre 1971 e 1973, frequentou escolas de arte europeias (Escola de Circo da Hungria, Budapeste; Escola de Mímica Jean Jacques Lecocq, Faculdade de Vincennes). Fez cursos como o de Cinema Cubano e o de Vídeo (este último orientado por Jean Rouche, no Musée de l’Homme, Paris).
Regressou a Portugal depois do 25 de Abril de 1974, tendo trabalhado com Palhaço Luciano (chefe dos Faz-Tudo do Coliseu dos Recreios), e Mariano Franco, o Mestre do Sapateado. Foi funcionária daSecretaria de Estado da Cultura, onde criou o Departamento de Circo (1978).
Ainda na década de 1970 participou em festivais de música, teatro e circo; foi responsável por ações dedinamização cultural e de recuperação de jovens em situação de risco e por espectáculos de intervenção e animação em bairros carenciados, trabalho a que a continuou a dedicar-se na década seguinte. A criação da sua figura da mulher-palhaço Teté data do início da década de 1980.
Foi mentora e diretora do projeto Chapitô, iniciado em 1981 e destinado à promoção da educação e da formação profissional através das artes e dos ofícios do espectáculo, com forte intervenção a nível da integração social e comunitária. Teresa Ricou foi depois a grande impulsionadora da criação, pelo Chapitô, da Escola Profissional de Artes e Ofícios do Espectáculo (1991).
Em 1998 foi-lhe atribuído o Prix de L’Initiative da Fondation du Crédit Coopératif e, em 2005, o Silver Rose Solidarity Award.
O Chapitô é uma organização não governamental situada na Costa do Castelo em Lisboa num espaço pluridisciplinar onde se desenvolvem actividades em três áreas distintas em permanente articulação: apoio social, formação e cultura.
Como associação cultural sem fins lucrativos, ONG e Instituição Particular de Solidariedade Social, com estatuto de Superior Interesse Social e Manifesto Interesse Cultural, tem como matriz a intervenção e integração social através das artes.
Em 2008 apresentou uma candidatura ao Mecanismo Financeiro do Espaço Económico Europeu (MFEEE) com o projecto "Arte de Viver", com o objectivo de divulgar a cidadania.
Em 2009 foi o vencedor do Prémio Gulbenkian Beneficência 2009, sendo reconhecido o mérito do esforço desenvolvido com vista à reinserção social e capacitação profissional, essencialmente orientada para os jovens.
Litografia colorida de Joseph Felon (1818-1896) no Roteiro do antigo Museu de folclore alemão, e hoje Museu das Culturas Europeias exploradasde Berlim, da autoria de Christa Pieske (p.15). Em Keyser, Munique, em 1988, ISBN 3-87405-188-9.
Christa Pieske, nascida Burgemeister (1919, Stettin – 2010, Lübeck) foi uma alemã estudiosa independente, folclorista, historiadora de arte e autora. Tratava-se particularmente com gráficos mais populares e papel graficamente concebido.
(...) Pieske fez uma extensa pesquisa na Cultura Regional do Norte da Alemanha que publica em 1997, num livro bem conhecido sobre Lübecker Marzipan.
Marzipan é uma das UE indicações de Geográfica Protegida (IGP) para marzipan do norte da Alemanha, cidade de Luebeck e municípios vizinhos de Bad Schwartau e Stockelsdorf. O facto de o fabricante de maçapão por Compromisso ter certos princípios de qualidade (pelo menos 70% de massa de amêndoa, mais de 30 % de açúcar) é relevante para a protecção do termo.
Indicação Geográfica Protegida (IGP) é uma classificação ou certificação oficial regulamentada pela União Europeia atribuída a produtos gastronómicos ou agrícolas tradicionalmente produzidos numa região.
Essa classificação garante que os produtos foram produzidos na região que tornou conhecidos e cujas características, qualidade e modos de confecção estejam de acordo com as tradições que os fizeram famosos.
No livro “O Vitral em Paris no século XIX” de Élisabeth PilletLe. (Corpus Vitrearum France - Études IX) Edição da Universidade de Rennes, Rennes 2010, p. 308, ISBN 978-2-7535-0945-0. Digitalização de Reinhardhauke.
Joseph Félon, nasceu em Bordéus (Gironde) em 1818, e morreu em Antibes Juan-les-Pins (Alpes-Maritimes) a 1897, foi um importante pintor, litógrafo, escultor e ceramista francês.
(...) Actualmente, as suas obras encontram-se em diversos Museus de Belas Artes, tais como: como no Museu de Belas Artes de Angers, no Museu de Réattu, no Museu de Arlaten, no Museu de Calvet ou no Museu Fabre de Montpellier, assim como em Paris no Museu do Louvre e no Museu de Carnavalet.
Arthur Hughes (1832 - 1915) foi um pintor Inglês e ilustrador associado à Irmandade Pré-Rafaelita.
Biografia
Hughes nasceu em Londres. Em 1846, entrou na escola de arte na Somerset House, o sendo seu primeiro mestre foi Alfred Stevens, e mais tarde entrou na Royal Academy. Aqui conheceu John Everett Millais e Holman Hunt, e tornou-se um dos pintores do grupo pré-rafaelita. A sua primeira pintura, Musidora, foi pendurada na Royal Academy quando ele tinha apenas 17 anos, e desde então contribuiu quase que anualmente, não só para a Royal Academy, mas mais tarde também em exposições nas Grosvenor Gallery e New Gallery (Londres).
País é uma região geográfica considerada o território físico de um Estado soberano, ou de uma menor ou antiga divisão política dentro de uma região geográfica. Geralmente, mas nem sempre, um país coincide com um território soberano e está associado a um Estado, nação ou governo. Comumente, o termo é usado para se referir tanto para nações quanto para Estados, com diferentes definições. O termo também é usado para se referir a outras entidades políticas, enquanto que em algumas ocasiões só se refere aos Estados. Não é incomum informações gerais ou publicações estatísticas adotarem a definição mais ampla do termo para fins de ilustração e comparação.
Algumas entidades geográficas ou linguísticas, que anteriormente eram Estados soberanos, são geralmente consideradas e referidas ainda como países, como é o caso da Inglaterra, Escócia, Irlanda do Norte e País de Gales - no Reino Unido (ver: Países do Reino Unido). Em França no caso do antigo País de Oc, do ainda actual País de Gex, ou do caso hispano-francês do País Basco.
Historicamente, os países da antiga União Soviética e Iugoslávia eram independentes. Ex-Estados, como a Baviera (hoje parte da Alemanha) e Piemonte (agora parte da Itália) não seriam normalmente referidos como "países" atualmente.
Etimologia
Patriarcado é uma palavra derivada do grego pater, e se refere a um território ou jurisdição governado por um patriarca; de onde a palavra pátria. Pátria relaciona-se ao conceito de país, do italiano paese, por sua vez originário do latim pagus, aldeia, donde também vem pagão. País, pátria, patriarcado e pagão tem a mesma raiz.
Movimento estético: Academicismo brasileiro; realismo
José Ferraz de Almeida Júnior (Itu, 1850 - Piracicaba, 1899), foi um pintor e desenhista brasileiro da segunda metade do século XIX. É frequentemente aclamado pela biografia como precursor da abordagem de temática regionalista, introduzindo assuntos até então inéditos na produção académica brasileira: o amplodestaque conferido a personagens simples e anónimos e a fidedignidade com que retratou a cultura caipira, suprimindo a monumentalidade em voga no ensino artístico oficial em favor de um naturalismo.
Foi certamente o pintor que melhor assimilou o legado do Realismo de Gustave Courbet e de Jean-François Millet, articulando-os ao compromisso da ideologia dos salons parisienses e estabelecendo uma ponte entre o verismo intimista e a rigidez formal do academicismo, característica essa que o tornou bastante célebre ainda em vida. De forma semelhante, sua biografia é até hoje objeto de estudo, sendo de especial interesse as histórias e lendas relativas às circunstâncias que levaram ao seu assassinato: Almeida Júnior morreu apunhalado, vítima de um crime passional.
O Dia do Artista Plástico brasileiro é comemorado a 8 de maio, data de nascimento do pintor.
A emigração é o ato e o fenómeno espontâneo de deixar o seu local de residência para se estabelecer numa outra região ou nação. Trata-se do mesmo fenómeno da imigração mas visto da perspectiva do lugar de origem. A emigração é a saída de nosso País. Convenciona-se chamar os movimentos humanos anteriores ao advento dos Estados nacionais e, consequentemente, do surgimento das fronteiras de migração. O termo emigração também é costumeiramente utilizado para designar os fluxos de população dentro de um mesmo País.
As razões que levam uma pessoa ou grupo a emigrar são muitas, como as condições políticas desfavoráveis, a precária situação económica, perseguições religiosas ou guerras. Há outras razões de cunho individual, como a mudança para o país do cônjuge estrangeiro após o casamento ou ir para um país de clima mais ameno após a aposentadoria.
José Vital Branco Malhoa (Caldas da Rainha, 1855 – Figueiró dos Vinhos, 1933) foi um pintor, desenhista e professor português.
Biografia
José Vital Branco Malhoa nasceu em Caldas da Rainha, na Região do Centro de Portugal, em 28 de abril de 1855. Com apenas 12 anos entrou para a escola da Real Academia de Belas-Artes de Lisboa. Em todos os anos ganhou o primeiro prémio, devido às suas enormes faculdades e qualidade artísticas.
Realizou inúmeras exposições, tanto em Portugal como no estrangeiro, designadamente em Madrid, Paris e Rio de Janeiro. Foi pioneiro do Naturalismo em Portugal, tendo integrado o Grupo do Leão. Destacou-se também por ser um dos pintores portugueses que mais se aproximou da corrente artística Impressionista. Foi o primeiro presidente da Sociedade Nacional de Belas Artes e foi feito Grande-Oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada.
Em 1933, ano da sua morte, foi criado o Museu de José Malhoa nas Caldas da Rainha. Teve colaboração artística na revista Atlântida(1915-1920).
Foi sepultado no Cemitério dos Prazeres, em Lisboa.
Algumas obras
O Ateliê do Artista (1893/4)
Os Bêbados (1907)
O Fado (1910)
Praia das Maçãs (1918)
Clara (1918)
Primavera (1918)
Conversa com o Vizinho (1932)
Leilão
O quadro a óleo "Na horta" foi vendido em 31 de maio de 2016, por 40 mil euros, num leilão de artes e antiguidades em Lisboa.
O Museu de José Malhoa mostra o maior núcleo reunido de obras do seu patrono e uma importante coleção de pintura e de escultura dos séculos XIX e XX, revelando-se a quem o visita como o museu do Naturalismo Português.
Completam as colecções uma Secção de Cerâmica das Caldas - articulada em torno da importância de que se revestiu a actuação de Rafael Bordalo Pinheiro, também ele membro do "Grupo do Leão", para a faiança local e do conjunto único das 60 esculturas de terracota da “Paixão de Cristo” -, o núcleo de Escultura ao Ar Livre e uma Biblioteca de Arte com um acervo de mais de 5.000 espécies.
O Museu de José Malhoa localiza-se no Parque D. Carlos I, na cidade de Caldas da Rainha, Distrito de Leiria, em Portugal. O seu nome é uma homenagem ao pintor português José Malhoa.
História
1926 - 1960
Este espaço foi inicialmente idealizado pelo escritor António Montês, com o objectivo de aproximar o pintor José Malhoa da sua terra natal, Caldas da Rainha.
Em 1926, o artista ofereceu uma das suas obras, o óleo "Rainha D. Leonor", à cidade; no ano seguinte, institui-se a “Liga dos Amigos do Museu José Malhoa”, para o qual o artista iria doar mais obras em 1932.
A 17 de Junho de 1933, um despacho ministerial confirma um parecer favorável do Conselho Superior de Belas Artes, autorizando a criação do “Museu José Malhoa”. O Museu seria, então, inaugurado a 28 de Abril de 1934, dia do aniversário de José Malhoa, que havia falecido a 26 de Outubro do ano anterior; o Museu foi, provisoriamente, instalado na “Casa dos Barcos”, no Parque D. Carlos I, um edifício cedido pelo Hospital Termal, abrindo anualmente ao público entre 28 de Abril e 26 de Outubro.
O projecto definitivo, dos arquitectos Paulino Montês (1897-1962) e Eugénio Correia (1897-1985), é concluído em 1937. A 11 de Agosto de 1940, dá-se a inauguração do edifício, no âmbito dos festejos provinciais dos Centenários da Fundação e da Restauração de Portugal, sendo entregue, com todas as colecções, à Junta de Província da Estremadura; o nome da instituição foi, assim, alterado para "Museu Provincial de José Malhoa".
Em 1960, a Junta de Província da Estremadura foi extinta, sendo a gestão do Museu passado a ser assegurada pela Direcção-Geral do Ensino Superior e das Belas Artes, divisão do Ministério da Educação Nacional; a instituição passa a designar-se "Museu de José Malhoa".
1960 - actualidade
Em 1962, é organizado o Serviço Educativo e, em 1964, é exposta a colecção de cerâmica, num espaço denominado de "Museu de Cerâmica".
Em 1977, no âmbito das celebrações do Cinquentenário da Elevação das Caldas da Rainha a Cidade, é organizado o evento “Expo Caldas-77 – Retrospectiva de Cerâmica”.
Em 1983, realiza-se, no Museu, uma exposição antológica, para assinalar o Cinquentenário da Morte de José Malhoa.
Em 1992, a colecção de António Montês é legada ao Museu, segundo o testamento da sua viúva, Júlia Paramos Montês; em 1996, esta colecção seria apresentada ao público na exposição "António Montês – Museu de José Malhoa", no centenário do nascimento do fundador da instituição.
Em 2005, o Museu assinalou os 150 Anos do Nascimento de José Malhoa e Centenário da Morte de Rafael Bordalo Pinheiro com a exposição “Malhoa e Bordalo: confluências duma geração”, entre outros eventos.
Em 2007, a denominação da instituição é de novo alterada, para "Museu José Malhoa", de acordo com as orientações do Programa de Reestruturação da Administração Central do Estado.
O edifício do Museu José Malhoa sofreu, entre Setembro de 2006 e Dezembro de 2008, diversas obras de remodelação e de requalificação; um núcleo provisório foi, então, estabelecido no Museu do Ciclismo. O Museu reabriu em 19 de Dezembro, com uma nova apresentação das colecções e várias melhorias no acolhimento aos visitantes.
Acervo do Museu
O Museu reúne colecções de pintura, escultura, medalhística, desenho e cerâmica dos séculos XIX e XX.
O acervo do Museu de José Malhoa é composto por obras dos seguintes artistas: